segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A maior parte da minha vida, me vi às voltas com a balança. Estou sempre no meu limite, faço o gênero cheinha.

Aos olhos da minha mãe, eu era magra e precisava me alimentar melhor, ou seja, em grandes quantidades. Mãe nenhuma acha a filha gorda. Elas sempre acham que suas filhinhas poderiam engordar os três quilinhos que nós, as meninas, adoraríamos perder.

Manter o peso para mim, sempre foi uma guerra. Ir ao médico, iniciar uma dieta com a mamãe fazendo empadão e pudim de leite na sobremesa, porque você está "magrinha", não ajudava em nada. Eu resistia, mas era uma tortura. Se eu era magra, era pelo resultado de tanta devoção e força de vontade.

Quando se é a mais magra na família, e ela geralmente é toda ”fofa”, composta por cheinhas e gordinhos, isto é um problema. Todos vão tentar te subornar com quitutes colossais e haja força de vontade...Para a família, você geralmente está ótima, está “bem”. Nunca entendi esse bem. “Ah, você está tão bem, não precisa emagrecer. Come só um pedacinho, só hoje”.

Não sou obesa, mas me sinto fora do peso. Minha infância foi magra, minha adolescência gorda e desde então a minha vida foi discutir, brigar e me irritar com a minha maior inimiga, a balança.

Conheço todos os tipos de dietas, remédios, médicos e simpatias. Já pertenci e pertenço a inúmeros grupos de auto-ajuda. Já estive magérrima e fofinha porque adoro comer. Vivo nos extremos. Meu guarda roupa tem pelo menos três manequins disponíveis e quando chego no maior, me desespero reiniciando uma nova dieta.

No começo, sigo o cardápio alimentar, freqüento a academia, suo muito, me esforço bastante. Vou toda contente me pesar e a maldita da Filizola nem se mexe.

Nos primeiros dias de dieta é uma tortura, sonho que estou devorando um banquete e me sinto culpada. Acordo, e graças a Deus, era um sonho, eu não havia comido nada e não engordei. Que alívio!

A cada década de vida, jurava a mim mesma que não faria mais dieta. Queria chutar o pau da barraca. Só que a cada década de vida, nossos interesses mudam e mudam também nosso metabolismo, nosso padrão de beleza e nossa compreensão do que é felicidade. A cada década, nossas necessidades passam a ser outras. Hoje, procuro não o padrão de beleza de tempos passados, mas o meu padrão de saúde que venha garantir um futuro saudável e mesmo assim, querendo perder os três quilinhos indesejáveis.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

SEGREDO

Quero te contar um segredo.
Não sei se devo...
Faz silêncio, Prudêncio!
Ele não me deixa dormir!
Com essas idéias todas
A me confundir

Quero te falar de novo
Talvez agora deva
É sobre o meu segredo,
Ele não quer mais existir!!