segunda-feira, 25 de maio de 2009

Seus olhos encheram d’água. Correram algumas lágrimas pelo rosto. Tentou esquecer, não conseguiu. Queria afastar aquela sensação para sempre do seu peito, não dava. Assim como não dava, pensar em outra coisa. O trânsito não ajudava, direcionou outro caminho. Colocou a seta para direita, ia sair, não pode, acesso fechado. O nó na garganta aumentava, tinha um rio nos olhos, queria estancar, foi quando explodiu num soluço forte, doído. Que dor no peito! Respirou bem fundo, sabia que ia passar...chorou, chorou e continuou a chorar. Precisava lavar, arrancar aquela angústia do peito, colocar para fora aquela coisa ruim, começou a se recompor. Olhou para o lado e viu um rostinho lindo lhe acenando, teve vergonha dos olhos vermelhos e inchados mas lembrou que não dava para se ver. Engatou a primeira, mudou a estação no rádio e foi em frente.

Um comentário:

  1. Ah, que facilidade de escrever, hein? Excelente recorte das paixões humanas. Quero ler mais. Avante!

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